ARTIGOS DIVERSOS

04-04-2015 10:45

A FAMÍLIA NA ÉPOCA PÓS-MODERNA

 

A pós-modernidade está firmada sobre o tripé: pluralização, privatização e secularização. A pluralização diz que há muitas ideias, muitos valores, muitas crenças. Não existe uma verdade absoluta, tudo é relativo. A privatização diz que nossas escolhas são soberanas e cada um tem sua própria verdade. A secularização, por sua vez, coloca Deus na lateral da vida e o reduz apenas aos recintos sagrados. A família está nesse fogo cruzado. Caminha nessa estrada juncada de perigos, ouvindo muitas vozes, tendo à sua frente muitas bifurcações morais. Que atitude tomar? Que escolhas fazer para não perder sua identidade? Quero sugerir algumas decisões:

Em primeiro lugar, coloque Deus acima das pessoas. No mundo temos Deus, pessoas e coisas. Vivemos numa sociedade que se esquece de Deus, ama as coisas e usa as pessoas. Devemos, porém, adorar a Deus, amar as pessoas e usar as coisas. A família pós-moderna tem valorizado mais as coisas do que o relacionamento com Deus. Vivemos numa sociedade que valoriza mais o ter do que o ser. Uma sociedade que se prostra diante de Mamom e se esquece do Deus vivo.

Em segundo lugar, coloque seu cônjuge acima de seus filhos. O índice de divórcio cresce espantosamente no Brasil. Enquanto os véus das noivas ficam cada vez mais longos, os casamentos ficam cada vez mais curtos. Um dos grandes erros que se comete é colocar os filhos acima do cônjuge. Muitos casais transferem o sentimento que devem dedicar ao cônjuge para os filhos e isso, fragiliza a relação conjugal e ainda afeta profundamente a vida emocional dos filhos. O maior presente que os pais podem dar aos filhos é amar seu cônjuge. Pais estruturados criam filhos saudáveis.

Em terceiro lugar, coloque seus filhos acima de seus amigos. Muitos pais vivem ocupados demais, correm demais e dedicam tempo demais aos amigos e quase nenhum tempo aos filhos. Alguns pais tentam compensar essa ausência com presentes. Mas, nossos filhos não precisam tanto de presentes, mas de presença. Nenhum sucesso profissional ou financeiro compensa o fracasso do relacionamento com os filhos. Nossos filhos são nosso maior tesouro. Eles são herança de Deus. Equivocam-se os pais que pensam que a melhor coisa que podem fazer pelos filhos é deixar-lhes uma rica herança financeira. Muitas vezes, as riquezas materiais têm sido motivo de contendas na hora da distribuição da herança. Nosso maior legado para os filhos é nosso exemplo, nossa amizade e nossa dedicação a eles, criando-os na disciplina e admoestação do Senhor.

Em quarto lugar, coloque os relacionamentos acima das coisas. Vivemos numa ciranda imensa, correndo atrás de coisas. Muitas pessoas acordam cedo e vão dormir tarde, comendo penosamente o pão de cada dia. Pensam que se tiverem mais coisas serão mais felizes. Sacrificam relacionamentos para granjearem coisas. Isso é uma grande tolice. Pessoas valem mais do que coisas. Relacionamentos são mais importantes do que riquezas materiais. É melhor ter uma casa pobre onde reina harmonia e paz do que viver num palacete onde predomina a intriga.

Em quinto lugar, coloque as coisas importantes acima das coisas urgentes. Há uma grande tensão entre o urgente e o importante. Nem tudo o que é urgente é importante. Não poucas vezes, sacrificamos no altar do urgente as coisas importantes. Nosso relacionamento com Deus, com a família e a com a igreja são coisas importantes. Relegar esses relacionamentos a um plano secundário para correr atrás de coisas passageiras é consumada tolice. A Bíblia nos ensina a buscar em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, sabendo que as demais coisas nos serão acrescentadas. Precisamos investir em nosso relacionamento com Deus e em nossos relacionamentos familiares, a fim de não naufragarmos nesse mar profundo da pós-modernidade.

Rev. Hernandes Dias Lopes

 

 

 

CUIDADO COM OS COMERCIANTES DA FÉ

            Theodore Levitt, diz que o marketing pode ser definido como: “O processo de conquistar e manter clientes”. Ele é ferramenta importante para os setores da indústria, comércio e serviços. Hoje o marketing é também muito usado na área social e de preservação ecológica. Infelizmente, com a perversão do evangelho, algumas falsas igrejas têm usado o marketing como ferramenta para conquistar e manter clientes. Nesta perspectiva, a igreja é um negócio, o evangelho é um produto e as pessoas são clientes em potencial. Faz-se uma pesquisa de mercado, identificam-se necessidades e as igrejas oferecem os produtos para satisfazer estas necessidades em troca de dinheiro. Religião, portanto, transformou-se em um grande negócio: “Pequenas igrejas, grandes negócios”.

        A comercialização do evangelho é condenada pela Bíblia. O apostolo Paulo pode ser considerado um homem de marketing. Ao analisar o mercado religioso da sua época, concluiu: Porque tanto os judeus pedem sinais, como os gregos buscam sabedoria (1Co 1.22). Ele identificou necessidades. O povo quer sinais e sabedoria. O mercado judeu pede milagres, curas, sinais e prodígios. O povo quer espetáculo! O mercado grego pede filosofia, ciência, teoria e conhecimento. O povo quer sabedoria. Paulo, porém, diz que o que ele prega é a cruz de Cristo ou a Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os gentios (1Co 1.23). A mensagem do evangelho é contrária às expectativas do mercado. Ele estava consciente de algumas verdades teológicas sobre o evangelho: Primeira, a pregação do evangelho de Deus não é uma negociação comercial entre quem prega e quem ouve. O pregador é alguém que obedece a Deus numa missão. Ele não tem autonomia para mudar a mensagem, mas apenas o dever de proclamar o evangelho. Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho (1Co 9.16).Segunda, o evangelho não é um produto e por isso não deve ser negociado. Porque nós não estamos, como tantos outros, mercadejando a Palavra de Deus; antes, em Cristo é que falamos na presença de Deus, com sinceridade e da parte do próprio Deus (2Co 2.17).

        É muito triste assistir pessoas vendendo benefícios espirituais em nome de Deus. Terceira, as pessoas não devem ser vistas como um segmento de mercado, mas como ovelhas aflitas que não tem pastor. Jesus quando olhou para as pessoas da Sua época as viu como ovelhas aflitas e não como possibilidade de mercado: Vendo Ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não tem pastor (Mt 9.36). Não devemos tirar proveito financeiro das pessoas que estão aflitas e necessitadas, dispostas a darem tudo, para terem um alívio imediato. Quarta, Deus julgará e punirá com rigor aqueles que transformam a casa de Deus em casa de negócio. Eles agem usando falsamente o nome de Jesus, movidos por avareza e pela ganância de ganhar dinheiro. Os mercenários espirituais não herdarão o reino dos céus. Disse Jesus: Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em Teu nome e em Teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade (Mt 7.22-23).Cuidado com o falso evangelho. Fuja dos comerciantes da fé. Eles são inescrupulosos e exploradores de pessoas frágeis e vulneráveis. Lembre-se do evangelho da cruz, que possui quatro características fundamentais: ele prevalece sobre a sabedoria e a inteligência dos homens, ele é poderoso para salvar o homem que é chamado por Deus, ele é revelado por Deus para as pessoas humildes e ele promove o Nome e a Glória de Deus.

Rev. Arival Dias Casimiro

(IPB de Pinheiros)

Uma Compreensão Bíblica quanto às Boas Novas

           É particularmente importante que se tenha uma teologia bíblica em uma área especial da vida da igreja: a nossa compreensão a respeito das boas novas de Jesus Cristo, o evangelho. O evangelho é o coração do cristianismo, e por isso deveria ser o coração da nossa fé. Todos nós como cristãos deveríamos orar para que nós nos preocupássemos mais com as maravilhosas boas novas da salvação em Cristo do que com qualquer outra coisa na vida da igreja. Uma igreja saudável está repleta de pessoas que têm um coração voltado para o evangelho, e ter um coração voltado para o evangelho significa ter um coração voltado para a verdade: para a apresentação de Deus a respeito dEle mesmo, para a nossa necessidade, para a provisão de Cristo, e para a nossa responsabilidade.Quando apresento o evangelho a alguém, eu tento me lembrar de quatro pontos: Deus, o homem, Cristo e a resposta. Eu me pergunto: Compartilhei com esta pessoa a verdade sobre nosso Santo Deus e Soberano Criador? Deixei claro que nós, como seres humanos, somos uma estranha mistura: criaturas criadas à imagem de Deus e no entanto decaídas, pecadoras e separadas dEle? A pessoa com quem estou falando entende quem é Cristo - o Deus-Homem, o único mediador entre Deus e o homem, nosso substituto e Senhor ressurreto? E finalmente, mesmo que eu tenha compartilhado tudo isso com ele, será que ele entendeu que precisa responder ao evangelho, que ele tem que acreditar nesta mensagem e assim abandonar sua vida de egocentrismo e pecado?Apresentar o evangelho como um aditivo para dar aos não-cristãos algo que naturalmente já desejam (alegria, paz, felicidade, realização, auto-estima, amor) é parcialmente verdadeiro, mas só parcialmente verdadeiro. Como J. I. Packer diz, "uma meia-verdade disfarçada em verdade inteira torna-se uma mentira completa". Fundamentalmente, todo mundo precisa de perdão. Nós precisamos de vida espiritual. Apresentar o evangelho menos radicalmente do que isso é pedir falsas conversões e uma membresia de igreja irrelevante.

Tanto uma coisa como a outra tornam a evangelização do mundo ao nosso redor ainda mais difícil. Nossos membros de igreja espalhados pelas casas, escritórios e vizinhanças vão, neste mesmo dia, entrar em contato com muito mais não-cristãos, por muito mais tempo, do que eles gastarão com cristãos em um domingo qualquer. Cada um de nós possui tremendas novas de salvação em Cristo. Não troquemos isso por qualquer outra coisa. E compartilhemos isso hoje! George W. Truett, grande líder Cristão, disse: A suprema acusação que você pode trazer contra uma igreja. . . é que aquela igreja tem pouca paixão e compaixão pelas almas humanas. Uma igreja não é nada melhor que um clube ético se sua compaixão pelas almas perdidas não é transbordante, e se ela não sai para tentar levar almas perdidas ao conhecimento de Jesus Cristo.

Uma igreja saudável conhece o evangelho, e uma igreja saudável o compartilha.

Mark Dever ( 9 marcas de uma igreja saudável)

 

A parábola do administrador infiel

Lucas 16.1-13

 

             A parábola contada por Jesus diz respeito a um homem rico, que provavelmente era proprietário de uma fazenda, e que tinha um administrador para cuidar dos seus negócios. Os devedores provavelmente eram arrendatários, que pagavam o arrendamento, dando ao proprietário uma quantidade fixa da produção anual. Ao saber que o seu administrador estava desperdiçando os seus bens, pediu para que ele prestasse contas da sua administração, e como conseqüência, seria despedido (v.2).

              O administrador então arquitetou um plano previdenciário, para que pudesse ser amparado, pois não podia trabalhar em função pesada, muitos menos mendigar (v.3). A perda da administração significava a perda do seu “meio de vida”. E ele viu uma maneira de ser sustentado pelos credores do seu patrão. Chama dois arrendatários e adultera os contratos estabelecidos por um valor bem menor, assim conseguiria algum benefício (v.7). Diante disso o proprietário louvou o administrador (agora despedido), não por ser desonesto, mas por ser astuto, tão sagaz e esperto (v.8). Por preocupar-se em ver abastecidas as suas necessidades materiais por um longo tempo no futuro, talvez pelo resto da vida. A pergunta é: Jesus estaria aconselhando a se aproveitar das riquezas ilícitas, ou incentivando a ser desonesto? É obvio que não! Ao contar esta parábola não está dizendo que devamos ter a mente mundana ou ser desonestos. Está afirmando o fato de que nas questões do mundo, os mundanos demonstram mais sagacidade ou astúcia do que os filhos de Deus demonstram nos assuntos que afetam sua salvação eterna. Ou seja, os mundanos são mais diligentes em cuidar de seus corpos do que os cristãos em cuidar das suas almas.

         Agora, é no versículo 9 que entendemos a aplicação da parábola: “Por isso, eu lhes digo: usem a riqueza deste mundo ímpio para ganhar amigos, de forma que, quando ela acabar, estes os recebam nas moradas eternas”(NVI). A explicação aqui é que os cristãos devem usar o seu dinheiro para seus propósitos espirituais tão sabiamente quanto os filhos deste mundo o usam para os seus alvos materiais. O dinheiro pode ser usado para se fazer amigos, beneficiando-os com atos de bondade. Auxiliando-os nas suas necessidades. E os amigos feitos, que já tiverem ido para o céu, por motivo da morte, que foram beneficiados pela bondade das pessoas generosas, estarão dando as boas-vindas a essas nas moradas eternas. Jesus faz aqui um paralelo entre o administrador infiel que usou da sua esperteza para ter algum benefício futuro, para mostrar que os seus discípulos deveriam usar os recursos deste mundo para a obra de Deus.

      Portanto, que possamos entender essa mensagem de serviço e fidelidade para expansão do Reino de Deus. Nas palavras de C. S. Lewis, “os cristãos que mais fizeram pela presente era são aqueles que mais pensaram na futura”.

 

No amor de Cristo,

Rev. Vanderlei José Venutti

 

O vale de ossos secos

 

Ezequiel 37.1-14

           

O profeta Ezequiel foi levado ao exílio pelos babilônicos em 597 a.C, na segunda deportação de Judeus para a babilônia, sendo que ele ministrava aos judeus exilados, mas também se correspondia com os que ficaram em Jerusalém. Aqui em especial na visão de um vale de ossos secos, esses simbolizavam a morte da esperança de um povo, que estava seco, sem esperanças e poder, mas que o Espírito de Deus sopraria vida para dentro deles novamente. Os ossos secos indicam um exército morto na batalha.

              Diante disso era necessário que algo fosse realizado A primeira etapa aqui é apenas uma restauração parcial, conforme a orientação de Deus para que Ezequiel profetizasse aos ossos secos (v.4). Em resposta, os esqueletos espalhados são transformados em cadáveres individuais, mas ainda continuam mortos como antes (v. 7 e 8). A segunda etapa é pra ele profetizar ao Espírito, e apelar-lhe para que venha assoprar sobre os mortos para que vivam (v.9), e isso aconteceu (v.10).

               Entendendo o que ocorrera, as duas etapas revelam simbolicamente que Ezequiel exorta as pessoas sem vida a escutarem a Palavra de Deus. Alguma coisa aconteceu, mas os ouvintes continuaram mortos. E por fim, a segunda ação era equivalente à oração. Quando Ezequiel rogou ao Espírito que efetuasse o milagre da nova criação, o seu efeito foi devastador. Desta vez, os cadáveres reviveram, colocaram-se em pé e o milagre se completou.

                     Pelo menos duas lições aprendemos aqui:

1)      A visão de um vale de ossos secos mostra que a obra de reavivamento é de Deus, do começo ao fim;

2)      A visão de um vale de ossos secos mostra que qualquer papel desempenhado pelo homem, deve ser feito pela orientação de Deus.

                     Enfim, que possamos aprender que nas dificuldades, nos desertos da vida, temos que pedir auxílio a Deus para que venha nos socorrer. Ainda que a circunstância seja como um vale de “ossos secos”, sem perspectiva, sem esperança, etc, mas devemos crer que Deus pode realizar um milagre, e trazer um revigoramento, um reavivamento através do seu Espírito, e levantar um grande exército para a sua glória.

 

                                                                           No amor de Cristo,

                                                                           Rev. Vanderlei José Venutti

 

AS TRÊS ÁRVORES

        Havia no alto de uma montanha três árvores que sonhavam o que seriam depois de grandes.

        A primeira olhando as estrelas disse:

        - Eu quero ser o baú mais precioso do mundo, cheio de tesouros.

        A segunda, olhando o riacho suspirou:

        - Eu quero ser um navio grande para transportar reis e rainhas.

        A terceira olhou o vale e disse:

        - Quero ficar aqui no alto da montanha e crescer tanto que as pessoas ao olharem para mim levantem os olhos e pensem em Deus.

        Muitos anos se passaram e, certo dia, três lenhadores cortaram as árvores que estavam ansiosas em ser transformadas naquilo que sonhavam. Mas os lenhadores não costumavam ouvir ou entender de sonhos… Que pena…

        A primeira árvore acabou sendo transformada em um cocho de animais coberto de feno.

        A segunda virou um simples barco de pesca, carregando pessoas e peixes todos os dias.

        A terceira foi cortada em grossas vigas e colocada de lado num depósito.

        Então, desiludidas e tristes. As três perguntaram:

        - Por que isso ?

        Entretanto, numa bela noite, cheia de luz e estrelas, uma jovem mulher colocou seu bebê recém-nascido naquele cocho de animais e, de repente, a primeira árvore percebeu que continha o maior tesouro do mundo.

        A segunda árvore estava transportando um homem que acabou por dormir no barco em que se transformara. E quando a tempestade quase afundou o barco, o homem levantou-se e disse:

        - Paz ! E num relance, a segunda árvore entendeu que estava transportando o rei do céu e da terra.

        Tempos mais tarde, numa sexta-feira, a terceira árvore espantou-se quando suas vigas foram unidas em forma de cruz e um homem foi pregado nela.

        Logo, sentiu-se horrível e cruel.

        Mas logo no domingo seguinte, o mundo vibrou de alegria. E a terceira árvore percebeu que nela havia sido pregado um homem para a salvação da humanidade, e que as pessoas sempre se lembrariam de Deus e de seu filho ao olharem para ela.

        As árvores haviam tido sonhos e desejos mas, sua realização foi mil vezes maior do que haviam imaginado.

        Portanto, não esqueça: “Não importa o tamanho do seu sonho. Acreditando nele, sua vida ficará mais bonita e muito melhor para ser vivida”   

    Extraído                                                                                                      

 

 

 

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