A parábola do administrador infiel - Lucas 16.1-13

21-04-2012 14:48

 

                A parábola contada por Jesus diz respeito a um homem rico, que provavelmente era proprietário de uma fazenda, e que tinha um administrador para cuidar dos seus negócios. Os devedores provavelmente eram arrendatários, que pagavam o arrendamento, dando ao proprietário uma quantidade fixa da produção anual. Ao saber que o seu administrador estava desperdiçando os seus bens, pediu para que ele prestasse contas da sua administração, e como conseqüência, seria despedido (v.2).

              O administrador então arquitetou um plano previdenciário, para que pudesse ser amparado, pois não podia trabalhar em função pesada, muitos menos mendigar (v.3). A perda da administração significava a perda do seu “meio de vida”. E ele viu uma maneira de ser sustentado pelos credores do seu patrão. Chama dois arrendatários e adultera os contratos estabelecidos por um valor bem menor, assim conseguiria algum benefício (v.7). Diante disso o proprietário louvou o administrador (agora despedido), não por ser desonesto, mas por ser astuto, tão sagaz e esperto (v.8). Por preocupar-se em ver abastecidas as suas necessidades materiais por um longo tempo no futuro, talvez pelo resto da vida. A pergunta é: Jesus estaria aconselhando a se aproveitar das riquezas ilícitas, ou incentivando a ser desonesto? É obvio que não! Ao contar esta parábola não está dizendo que devamos ter a mente mundana ou ser desonestos. Está afirmando o fato de que nas questões do mundo, os mundanos demonstram mais sagacidade ou astúcia do que os filhos de Deus demonstram nos assuntos que afetam sua salvação eterna. Ou seja, os mundanos são mais diligentes em cuidar de seus corpos do que os cristãos em cuidar das suas almas.

         Agora, é no versículo 9 que entendemos a aplicação da parábola: “Por isso, eu lhes digo: usem a riqueza deste mundo ímpio para ganhar amigos, de forma que, quando ela acabar, estes os recebam nas moradas eternas”(NVI). A explicação aqui é que os cristãos devem usar o seu dinheiro para seus propósitos espirituais tão sabiamente quanto os filhos deste mundo o usam para os seus alvos materiais. O dinheiro pode ser usado para se fazer amigos, beneficiando-os com atos de bondade. Auxiliando-os nas suas necessidades. E os amigos feitos, que já tiverem ido para o céu, por motivo da morte, que foram beneficiados pela bondade das pessoas generosas, estarão dando as boas-vindas a essas nas moradas eternas. Jesus faz aqui um paralelo entre o administrador infiel que usou da sua esperteza para ter algum benefício futuro, para mostrar que os seus discípulos deveriam usar os recursos deste mundo para a obra de Deus.

           Portanto, que possamos entender essa mensagem de serviço e fidelidade para expansão do Reino de Deus. Nas palavras de C. S. Lewis, “os cristãos que mais fizeram pela presente era são aqueles que mais pensaram na futura”.

 

No amor de Cristo,

Rev. Vanderlei José Venutti

 

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